A Ceia Memorial ou a "Santa Ceia" como o sistema religioso intitulou, nada mais é lembrar aquilo que Jesus disse aos discípulos (lembrarmos os porquês do Seu Sacrifício e os benefícios da Nova Aliança no Seu Nome para nós e restante Humanidade), os quais nos diz a nós para relembrarmos através da reprodução de uma Ceia entre irmãos comuns à fé n'Ele. Foi também aquilo que os apóstolos chamaram também de «Ceia-Ágape»; explicando melhor, Jesus também não tomou só o Pão e o Vinho com os Seus discípulos como se pratica nas instituições religiosas. Este texto servirá para explicar como deve ser feita uma Ceia Ágape e Memorial em Nome d'Jesus.
COMO ENTÃO É QUE JESUS CEOU A SUA ÚLTIMA CEIA COM OS SEUS DISCÍPULOS?!
Jesus ceou uma refeição completa (com pão, vinho e carne, segundo o exemplo referido em Êxodo 12:1 a 14) e no fim ou durante a mesma usou-se daqueles dois símbolos, o Pão e o Vinho para por intermédio dos mesmos explicar o que a Sua morte iria significar para a Humanidade. Para mim então, é óbvio que para se reproduzir algo deve-se fazê-lo integralmente, e como tal a Ceia Memorial significará realmente cear e fazê-lo juntos em uma ceia completa e não tomar só do pão e do vinho como acontece nas denominações da cristandade, onde os católicos romanos só os padres tomam o vinho e o pão, e os protestantes evangélicos tomam o pão mais o vinho, mas nenhum dos dois a celebram tal como Jesus deu exemplo e nos mandou celebrar. Se não, ora vejam:
- Jesus disse que Ele é que não comeria mais a Páscoa com eles, nem beberia vinho até que voltasse (Cf. Lucas 22: 16 e 19). Dizer que Ele não comeria e impor isso aos demais como se Jesus tivesse dito para ninguém comer mais a Páscoa naquele novo significado da Páscoa como Cordeio Pascoal que Ele é nosso e do Mundo, trata-se de uma deturpação do entendimento lógico e verbal do texto;
- O Jesus dizer "Fazei isto em memória de mim..." (Cf. Lucas 22:16 e 19), está até no original texto grego no tempo verbal de pretérito perfeito mais que perfeito do presente indicativo, ou seja, descreve um acto a ser praticado por mandamento, por ordem a ser repetida regularmente e não de um ritual religioso, mas sim memorial tal como deve ser a partilha dos ensinos e consciência do Evangelho - um acto repetitivo para nos avivar a memória;
- O "tomai-o" refere-se àquele momento e o "fazei em memória de mim", igualmente, pois refere-se a repetições futuras daquele acto memorial. Daí Paulo ter explicado aos Coríntios e a nós também - "...todas as vezes que beberdes em memória de mim; todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha." 1º Blog d'Paulo aos Coríntios, capítulo 11 versos 25 e 26
SIMILARIDADES ENTRE A CEIA MEMORIAL D'JESUS E A PÁSCOA DO VELHO TESTAMENTO,
Jesus quando realizou com os Seus discípulos a "Última Ceia" apesar de muito provavelmente terem naquele momento comido segundo a tradição cultural religiosa judaica, no comer a carne do cordeiro, os pães ázimos e ervas amargas (a Pessach), Ele não estava dar continuidade à Páscoa Judaica (a Pessach) pois aquela celebra a libertação do povo Hebraico do jugo Egípcio, mas sim a fundar a Páscoa do Evangelho, aquilo que eu intitulo a Páscoa d'Jesus, onde os discípulos já antes do sacrifício redentor do Seu Mestre e Salvador do Mundo estariam a celebrar a Sua Morte Redentora que liberta espiritualmente a Humanidade que está subjugada ao pecado e ao egoísmo. Ele celebrou a Páscoa em Seu Nome (nome d'Jesus) como Cordeiro Pascal que Ele foi, iria ser, É e sempre será - "...Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo." Blog d'Apocalipse d'Jesus narrado pelo apóstolo João, capítulo 13 verso 8
A celebração dessa mesma Páscoa por Jesus, trata-se de uma nova Páscoa, simples assim. pois Jesus usando-se dos mesmos símbolos (cordeiro pascal; pão e vinho) desta vez centrava os mesmos n'Ele mesmo - sua Vida, Missão e Obra de Redenção. Não é nem Judaica a Páscoa d'Jesus mas sim a Páscoa do Evangelho do Amor e Graça de Deus, como no ponto anterior expliquei; e por d'Ele esta Nova Pascoa o ser, não é mais celebrada anualmente ou dentro daquela lógica legalista e ritualística das festividades anuais do Templo e da Religião Judaica, visto que agora os Sacerdotes e os Templo de Deus somos nós os Seus discípulos, que fomos feitos em Jesus filhos de Deus. Por isto, se podemos e devemos celebra-Lo como discípulos a Sua vida em nós a tempo-inteiro, a Páscoa também não pode ser celebrada como Seu Memorial em "part-time" (parte do tempo, uma vez ao ano ou uma vez por mês). Podemos e devemos celebrar essa nova Páscoa no Seu Nome, sempre que pudermos e estivermos juntos, reunidos em Seu Nome. A única coisa que esta nova Páscoa do Evangelho tem de igual à Páscoa Judaica é o tomarem uma refeição juntos como família e só por Judeus, mas agora a família não é somente os familiares mais próximos como acontecia na Páscoa do Velho Testamento; a Páscoa de Jesus como Ele deu exemplo é para ser celebrada em graça e amor com todos os comuns há fé, sejam eles Judeus ou Gentios - os que não sendo familiares próximos, se tornaram família espiritual.
Contudo, essa "ceia memorial" ou " santa ceia" como muitos no sistema religioso intitulam, e que lá acontece uma vez por mês entre protestantes evangélicos e todas as semanas entre católicos romanos, NADA tem a ver com esta nova Páscoa que Jesus inaugurou, nem mesmo até com a outra feita pelos Judeus. Essa "Páscoa" de agora praticada nas "igrejas" é mais cabalística (ou seja, mística) que qualquer outra coisa, pois é feita numa lógica de obediência a um ritual que trará benção, e não a uma celebração como forma natural de se estar na vida alegrando-nos em Jesus O Nosso Salvador em todo o tempo, como Seu povo que por remidos sermos, nos festejamos comendo uma refeição juntos, onde partilhamos dos frutos alimentares uns com os outros, e onde inclusive temos a oportunidade de abençoarmos com os nossos alimentos aqueles que por dificuldades financeiras têm pouco acesso aos mesmos.
QUEM PODE PARTICIPAR E COMO DEVE SER A CEIA-MEMORIAL D'JESUS,
Só deve cear a ceia memorial de Jesus, quem está em Cristo ou seja, quem caminha com Ele e Lhe entregou a sua vida. Lembrar que confirmando isto que vos falo, Jesus só convidou para a Sua última ceia com os discípulos os 12, incluindo curiosamente o traidor que também com Ele andava. Nós até podemos saber se esta ou aquela pessoa que connosco priva, se trata de um "Judas" ou de um "Cavalo de Troia", mas os demais que connosco andam não sabem; como tal esta inclusão por parte de Jesus do discípulo Judas o traidor e ladrão, por um lado demonstra que Ele não querer lidar com a situação por forma a que houvessem equívocos em relação ao Seu carácter de amor inclusivo em comparação ao carácter de Judas. Se Jesus não tivesse convidado Judas, este não teria a oportunidade de demonstrar cabalmente quem era, e Jesus poderia ser alvo de crítica por ter feito acepção de pessoas, uma descriminação incompreensível aos olhos dos demais discípulos e dos seus críticos, hipersensíveis daquele e de todos os tempos.
Avante, não me venham com «modismos» da modernidade - a igreja não ter espaço, as pessoas não terem tempo, etc. como desculpa para não se o fazer a Ceia Memorial d'Jesus tal e qual Ele a fez, pois ser-se Seu discípulo é reproduzir o Seu exemplo em TUDO., inclusive na reprodução da Sua Ceia, o mais fiel possível em termos de contexto, razão, motivo e significado. Ademais, a pressa existente nos «igrejismos» actuais é tanta para cumprir com a agenda litúrgica das denominações religiosas, que em todos os casos a comunhão e a intimidade entre os irmãos é posta de lado, em segundo lugar, em detrimento da ordem de culto que é a mais importante e valorizada pela estrutura religiosa. a qual está repleta de activismo, momentos "espiritualizados" de apelo à alma mas pobres em verdadeira espiritualidade que só pode ser experimentada na simplicidade, na acalmia e na interactividade singela pela prática da comunhão sossegada entre as pessoas, tal como Jesus teve com os Seus discípulos naquela noite em que cearam juntos.
Outra questão importante a reter com o exemplo dado pelo Nosso Senhor na Sua última ceia com os discípulos, e aproveitando a minha dica anterior, é que esta não era encarada como um evento público aberto a todas as pessoas; era sim um momento privado de recolhimento e de enorme intimidade, só partilhada entre pessoas que se conheciam bem umas às outras e que eram íntimas já à algum tempo. Assim, eu da mesma maneira não acredito que a Ceia Memorial (ou como os religiosos intitulam de "Santa Ceia"), deva ser um evento público como actualmente é praticado nos institucionalismos religiosos por toda a cristandade seja católica romana ou protestante evangélica, mas sim um momento feito em recôndito, em particular. E sim, a Ceia Memorial pode e deve ser feita também na nossa solicitude só com Jesus junto com os nossos familiares (cônjuges, filhos e pais que amam e seguem a Cristo), mas também não pode, não deve ser esquecida de ser reproduzida com outros amigos, os quais estejam em caminhada espiritual em Jesus semelhante à nossa, pois Evangelho e Ceia Memorial d'Jesus é comunhão, é estar e procurar estar em intimidade regular em Seu Nome com outros discípulos de Jesus!
QUAL A IMPORTÂNCIA DE USAREM-SE OS "SÍMBOLOS" DO PÃO E DO VINHO,
Acerca do tomar o pão e do vinho, lembro que estes não se transformam em carne nem em sangue de Jesus; quem crê nisso são os Católicos Romanos, dando-lhe o nome de doutrina da "Transubstanciação". Tanto o pão como o vinho são "somente" símbolos memoriais, e nada sobre tal coisa Jesus se pronunciou naquele nem em nenhum outro momento, assim como os discípulos não o fizeram em nenhuma das epístolas. O que Jesus disse, só e simplesmente foi: "Façam isto este em memória de mim!" Ou seja, «reproduzam todo este momento, assim bem como utilizem estes símbolos (o pão e vinho) para explicarem e relembrarem uns aos outros o que eu fiz por vós e pela Humanidade até que eu volte.»
Sobre o usar-se pão e o vinho, aí eu sou bastante "ortodoxo" por assim dizer, como também na questão de fazer a Ceia Memorial num encontro com irmãos para uma Ceia Completa dependendo obviamente das possibilidades dos irmãos que nos recebem em casa. Não é que no usar-se os símbolos do pão e do vinho, dê sorte ou seja mais abençoado; trata-se sim de manter a "coisa" na mesma pureza e simplicidade que Jesus ali exemplificou, e como discípulos devemos procurar ser simples e básicos na reprodução da Sua vida e exemplo, certo?. Além do mais, estes símbolos são realmente interessantes e inigualáveis no que diz respeito ao exemplo espiritual que através dos mesmos podemos usar como imagem para explicar a vida, obra e missão do Senhor - Disse Jesus: "Eu sou o pão da vida; o pão vivo que desceu do céu e se alguém comer deste pão, viverá para sempre pois o pão que eu der a tomar será a minha carne, que eu darei o meu corpo e vida, pela vida do mundo." Blog d'João, capítulo 6 verso 51
Sim, sou um apologista de se efectuar uma reprodução fiel da ceia Memorial, mas não vou tão longe assim em termos do tipo de pão (ázimos) ou vinho (elevado teor de álcool devido ao processo rudimentar sem o controlo de fermentação como existe hoje). Mas e se existir entre os irmãos alguém com problemas com o álcool?! Caso exista alguém com problemas de alcoolismo ou os discípulos de Jesus vivam num país com um elevado índice de alcoolismo, creio que os problemas ou o “problemático” em causa não deve(m suplantar a “tradição” iniciada por Jesus. Quem tem problemas que não beba, mas que pelo seu problema os demais que não tendo problemas com álcool não sejam inibidos na sua liberdade e boa consciência de tomar a ceia com vinho. Assim como se alguém tiver algum problema em comer outro tipo de alimento (carne, peixe, etc), seja por escolha de filosofia alimentar ou por doença alérgica, também os irmãos assim não devem ser obrigados a comerem aquilo que lhes faça mal ou tenham escolhido deixar de comer. Procure-se confeccionar o Menú da Ceia d'Irmãos, procurando saber-se as limitações que possam existir para que por causa de certas dificuldades ou escolhas de ordem alimentar, ninguém seja de alguma forma colocado à parte.
"E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações." Blog d'Actos dos Apóstolos, capítulo 2 verso 42
A CEIA MEMORIAL D'JESUS NÃO É UM RITUALISMO OU LEGALISMO RELIGIOSO,
Primeiramente a Palavra Inspirada por Deus (a bíblia) revela que o ajuntamento da igreja não é para comer a ceia do Senhor, porque quem come e bebe sem discernimento o faz para a sua própria condenação (Cf. 1ª Coríntios 11:17 a 24). Evidentemente que a própria Bíblia não dá excessiva importância ao alimento material, mas sim ao alimento espiritual, contudo hoje há quem esteja a comer e a beber simbolicamente do Corpo de Cristo, indignamente. São esses, exactamente os irmãos que induzidos por pregadores falsos, cegos e mentirosos são iludidos a voltem à pratica das doutrinas e legalismos da lei do Antigo Testamento - a Velha Aliança; tais como voltarem à prática dos dízimos, obrigatoriedade de pertencer a uma denominação religiosa, frequência a cultos, submissão especial a líderes espirituais, etc bem como outros rituais e práticas legalistas semelhantes a estas e através das quais as pessoas pensem que pela prática das mesmas, serão mais abençoadas ou fiquem mais perto de Deus. Qualquer iniciativa que promova o voltar às prática dos rudimentos da Lei de Moisés, a qual Cristo desfez na cruz é anular o sacrifício do Cordeiro de Deus e reconstruir a separação do véu por Ele rasgado (Cf. Efésios 2.13 a 15).
Por isso vem a exortação de Paulo que diz: "Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa Páscoa foi sacrificado por nós. Pelo que façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade." Iº Blog d'Paulo aos Coríntios, capítulo 5 versos 7 e 8; assim como: "Porventura, o cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo; porque todos participamos do mesmo pão." Iº Blog d'Paulo aos Coríntios. capítulo 10 versos 16 e 17
O Senhor recomendou sim a Ceia no tempo da graça, dizendo: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo" Blog d'Apocalipse, capítulo 3 verso 20; Esta sim é a verdadeira ceia do servo com o seu Senhor pelo arrependimento, conversão, santificação e a perseverança da vida eterna. Portanto, hoje, tudo o que tentarmos fazer através de rituais ou ordenança da lei (Ceias, baptismos, jejuns, apresentações de criança na igreja, dízimos, primícias, campanhas, festividades judaicas, etc...) para nos aproximarmos do Senhor é um equívoco, porque pela graça somos salvos, através da fé e isso não vem de nós, é sim dom, obra e mérito exclusivo de Deus (Cf. Efésios 2:8).
Portanto o comer da carne e beber simbolicamente do sangue de Cristo não se faz com rituais de coisas materiais, mas sim pelo ter-se a mente de Cristo, estando sempre em comunhão com o Pai, isto é, andar no Seu Espírito e viver em Espírito em plena santificação na procura constante de fazer somente o que é agradável aos olhos do Deus Altíssimo, porque Ele ordenou: Sede santo porque Eu Sou Santo (Cf. 1ª Pedro 1:16).
ORGANIZAÇÃO E REALIZAÇÃO DA CEIA ÁGAPE E MEMORIAL NOS NOSSOS DIAS,
A Ceia Memorial ("...fazei isto em memória de mim..."; como disse Jesus), era pela «igreja-primitiva», a igreja dos 3 primeiros séculos chamada de Ceia Ágape ou Ceia de Amor e era celebrada entre os comuns à fé em Jesus O Evangelho. Ele tomavam-na fazendo uma refeição completa, SEMPRE que estavam juntos para adorarem a Deus, orarem uns pelos outros e meditarem em conjunto nas escrituras do velho testamento bem como lendo as cartas que os apóstolos iam escrevendo para as comunidades. O porquê é que eles no princípio da Igreja tomavam regularmente, muito provavelmente uma vez por semana a Ceia Memoria ou Ceia Ágape e sempre que estava juntos, terá a haver com o facto de Jesus ter-lhe dito "...sempre que estiverem juntos, fazei isto em memória de mim." O quantas vezes você se lembrar de Jesus e n'Ele falar em conjunto com os seus irmãos na fé, deverá ditar as vezes que você deve Cear com eles em Seu Nome e à Sua memória - memória que relembra O que Ele fez por nós ao morrer na Cruz e o que isso significa para nós; ou seja, devemos a todo tempo, seja o nível individual como colectivo lembrar, relembrar, suscitar à memória, por isto a Páscoa de Jesus não tem a haver exclusivamente com símbolos ou rituais religiosos, mas com a Vida Abundante que hoje temos por Ele ter morrido e ressuscitado por nós.
Como então se pode realizar e organizar uma Ceia Memorial/Ágape:
- Como foi dado o exemplo por Jesus, e o mesmo repetido pelos primeiros cristãos, eu em conjunto com os irmãos com quem caminho na liberdade do Evangelho sem religião, fazemos sempre que estamos juntos em casa dos irmãos que disponibilizarem o seu lar para o fazermos - Celebrar a Ceia d'Jesus bem como para adorarmos juntos, meditarmos nas escrituras e orarmos uns pelos outros. É claro que já existiram vezes que o fizemos numa ida ao restaurante, bem como numa ida ao jardim para um pic-nic. O mais importante, não será certamente o lugar, mas se nesse lugar podemos reproduzir na integra a simplicidade do exemplo dado pelo Nosso Mestre Jesus;
- Quando marcamos esses encontros entre os manos em comunhão na "Irmandade d'Ovelhas Desprotocoladas da Religião", estimulamos todos os visitantes à casa do irmão que a disponibilizou, a trazerem consigo refeição para a podermos partilhar entre todos. Óbvio que se alguém por reais dificuldades económicas, não tiver o que partilhar em termos de trazer consigo refeição a ser provada, comida também pelos demais, essa pessoa não deixará de vir por não ter o que dar - mais razões ainda haverá para que essa pessoa venha, coma e no final até leve consigo para casa o excedente que tenha sobrado dos alimentos trazidos pelos restantes irmãos. Isto do partilharmos os alimentos para todos deles comermos, os fazemos-lo para estimular os irmãos a doarem-se de si, ensinando-nos a partilhar bem como para não pesar a pessoa que cedeu a sua casa;
- Enquanto comemos (sem pressas - Cf. Actos 20:7 - 11; 1º Coríntios 11:33), partilhamos uns com outros amizade, amor, experiências de vida - ou seja, aproveitamos a refeição para nos conhecer melhor, nos rirmos e também partilharmos conhecimento de alguma dúvida/questão que algum irmão tenha;
- No final da refeição (Ceia Ágape), damos graças pela mesma, e aí no fim usamos o pão e o vinho para reflectirmos juntos onde todos participam, sobre o significado destes símbolos usando os textos dos Evangelhos bem como os escritos do apóstolo Paulo relativos à Ceia Memorial. Neste momento, e por cada vez que realizamos uma Ceia Memorial, alternadamente e para que todos participem um dos irmãos faz de narrador e outro faz de Jesus seja no partir e servir do pão bem como no distribuir/servir do vinho;
- Depois disto, cantamos uns hinos de louvor e adoração sem pressas, repito, alternadamente após este momento de adoração que pode ser feita com música ou não com ou sem instrumentos, um dos irmãos propõe uma reflexão conjunta a qual dirige mas onde também todos os demais irmãos participam com opiniões ou dúvidas. Após esta meditação conjunta, oramos também uns pelos outros (Cf. Tiago 5:13 a 16) e nos despedimos até ao próximo momento de comunhão com abraços e beijos na face.
DISTINÇÃO ENTRE CEIA ÁGAPE E CEIA MEMORIA PARA CRENTES AINDA NÃO-BAPTIZADOS,
Entre nós, nesta nossa "Irmandade Desprotocolada Ambulante" fazemos distinção entre Ceia Memorial (Ceia d'Jesus), e a Ceia Ágape (Ceia d'Irmãos), por causa dos irmãos ainda não foram baptizados nas águas em Nome d'Jesus. Ou seja, explicando melhor, um(a irmão ou uma criança que não tenha ainda sido baptizado(a nas águas, toma só a Ceia Ágape e assiste à Ceia Memorial, e um(a irmão(ã que já tenha sido baptizado(a nas águas em Nome d'Jesus, participa plenamente das duas. Esta distinção é feita não por motivos religiosos ou de acepção de pessoas, mas porque consideramos o pressuposto dado e acordado pelos apóstolos "...aquele que crer e for baptizado...", pois para se crer a pessoa precisa de ter plena consciência do que está a fazer e como tal só a partir da adolescência ou da idade adulta, uma pessoa pode ser conscientemente baptizada. Só mediante uma caminhada de fé constante e de proximidade com irmãos em Jesus, é que estamos todos mais seguros de partilhar a Ceia Memorial pois por um filho d'Deus em quem O Espírito Santo habita, já saberá discernir espiritualmente O Corpo de Cristo e como tal não corre o risco de tomar a Ceia indignamente.
"Quem come e bebe indignamente a ceia do Senhor, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o Corpo do Senhor. Por isso há entre vós muitos fracos, doentes e outros que dormem." 1º Blog d'Paulo aos Coríntios, capitulo 11 versos 27 a 30
Quando é que não se discerne o corpo ou se pode estar a tomar a Ceia indignamente? Não se discerne o Corpo d'Cristo, principalmente quando o crente/cristão: 0) Não cuida dos irmãos na fé quando estes têm fome e sede; 1) Não se perdoa o nosso semelhante; 2) Se cede a maledicências de alguém contra um irmão ou nosso semelhante; 3) Bem como também quando diz que é apostata, herege, "iluminado" (enganador ), etc. quem não está nem vai à sua ou a qualquer denominação religiosa e templo religioso. Por estas razões, também quem por ventura esteja num momento de comunhão como a Ceia Ágape e a Ceia Memoria, de quem os regulares não saibam nada acerca dos visitantes - ou seja, estes não serem irmãos em caminhada regular ou constante connosco, por uma questão de segurança para si mesmo, poderá participar da Ceia Ágape mas só assistirá à Ceia Memorial.
SINTETIZANDO,
Só devem participar na Ceia Memorial, aqueles que por seu testemunho de vida, o qual possa ser testificado pelos demais, que são discípulos de Jesus e que estejam ali conscientemente reunidos em Seu Nome. Quem ainda não o seja, o participar na Ceia Ágape e assistir à Memorial, serve de uma excelente oportunidade para quem O desejem conhecer pois trata-se de uma forma simples de explicar detalhadamente através dos símbolos o plano da Salvação. Em relação ao elementos da mesma, a Ceia de Jesus a qual Ele tomou dando exemplo e nos mandou que repetíssemos sempre que estivéssemos juntos, era uma Ceia Completa (com pão, vinho, carne ou peixe), mas se os irmãos quiserem acrescentar uma sobremesa ainda mais doce essa ceia ficará e se ainda no fim quiserem remata-la com um café e um risco de Whisky não faz mal algum, desde que tudo quanto se faça o seja com moderação.
Se a Ceia d'Jesus não é um ritual religioso, porque é que a tomamos?! Em primeiro lugar, a tomamos porque Jesus nos disse para fazê-lo em Sua memoria – ao nos relembrarmos, não nos esquecemos do que Ele fez por nós, e porque além de O Amarmos também nos amamos uns aos outros, tanto, que quando nos lembramos temos prazer em fazê-lo juntos com aqueles que também O amam e n'Ele estão.
E em relação à periodicidade, como atrás vimos, é TODAS as vezes que comermos pão e tomarmos vinho, e não só uma vez por ano como fazem os Judeus nem como a maioria dos protestantes evangélicos que fazem uma vez por mês. É SEMPRE que nos juntarmos e porque não, você também tomar a Ceia Memorial com o seu cônjuge e/ou demais família (pais, primos, tios, avós, etc.) que sejam comum à fé? Faça-o sempre que estiver com um deles, e não espere por dias de culto religioso ou ajuntamentos "desprotocolados" da religião como o nosso que aqui lhe dei exemplo. Relembrar que o pão e o vinho, muito provavelmente também foi pelo Mestre como "elemento" memorial, devido ao facto destes serem alimentos típicos e básicos de uma qualquer mesa Judaica ou «Gentílica», mas não o faça com Coca-Cola mas com vinho ou sumo de uva, por amor de Deus; falo como é claro da Ceia Memorial, quanto à Ceia Ágape não há problema algum beber água, sumos ou refrigerantes!
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3) Em caso de reprodução parcial ou total, será SEMPRE exigida a presença do link da minha página de autor, e seja enviada para mim também informação dos locais onde os mesmos estão ou foram reproduzidos;
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5) Todos os direitos de autor foram doados por Hélder Reis Inocêncio, à PROTOCOLOZERO Associação.
por Hélder R. Inocêncio | Fundador e um dos Dinamizadores SPOT'X,
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